Examinai as Escrituras


Mudando de Paradigmas

Anderson Bomfim | Sacerdócio Real

Saúdo a todos bem vindos a esse espaço onde procurarei estar compartilhando a respeito dos valores pelos quais temos caminhado. Mediante a ênfase ministerial em que tenho servido, quero começar compartilhando a respeito do “Examinar as escrituras”, uma vez que estejamos vivendo um momento de volta as escrituras.

Porém, precisamos entender que para uma melhor compreensão bíblica temos que estar prontos a rever nossos “Paradigmas”, que denunciam os conceitos de nossa mente limitada e formatada a respeito da representatividade e abrangência bíblica. Por isso, meu objetivo nesse momento é de ampliar ao invés de restringir, é aumentar o ângulo da nossa visão e entendimento ao invés de apenas redefinir, é abrir a mente para reflexão mesmo que seja sobre aquilo que nos parece absoluto e incontestável.

Quando falo sobre “Paradigmas”, penso na forma como nossa maneira de pensar a respeito de algo acaba modelando uma mentalidade coletiva, desenvolvendo, com o tempo, um padrão de comportamento. Portanto, esse rever “Paradigmas” torna-se um grande desafio, por representar a transformação de "Conceitos que geraram modelos, que estabeleceram uma “Cultura" que pode ser definida como hábitos de pensamento que envolvem a vida coletiva, relacionando-se à produção e transmissão de conhecimentos que modelam comportamento.

Portanto, rever esses “Paradigmas” torna-se um grande desafio, por representar a transformação de "Conceitos que geraram modelos de comportamento e estabeleceram uma “Cultura", que pode ser definida como hábitos de pensamento que envolvem a vida coletiva, relacionando-se à produção e transmissão de conhecimentos que modelam comportamento. Além disso, a cultura é a expressão do “Espírito Coletivo” de um povo ou nação, no sentido de sua índole, alma, mente, intenção e condição do caráter predominante.

Com base nisso, podemos reconhecer a existência de uma “Cultura evangélica”, ou seja, uma série de hábitos de pensamento e comportamento predominantes, porém, isso não significa que essa “Cultura adquirida” seja a expressão de uma "Cultura Bíblica". Agora, sem fazer uso de linguagem depreciativa, mas reflexiva, precisamos avaliar até que ponto esses "Paradigmas" que desencadearam um “Legado Cultural”, ao invés de aprimoramento integral, ordem e avanço, são responsáveis por uma involução pública, intelectual, moral e espiritual.

Alguns problemas dessa “Cultura” desenvolvida, principalmente a respeito das escrituras, mostram-se como reflexo de toda uma mentalidade, fundamentada em uma cosmovisão centralizada no indivíduo, onde cada um procura na religião ou na “Boa nova do evangelho”, respostas para seus problemas pessoais, como se o próprio Deus estivesse a serviço das suas causas impossíveis ou sutilmente existisse em função da sua fugaz existência humana.

A prova disso é que muitos ainda pensam nas escrituras como um livro de “Auto-ajuda”, usado como método de aprimoramento pessoal em que o indivíduo pretende buscar, sem ajuda de outrem (Nesse caso do próprio Deus), soluções para problemas emocionais ou superação das suas diversas dificuldades.

Basta entrarmos em uma livraria “Evangélica” para encontrarmos muitas literaturas focando o indivíduo e seu desenvolvimento pessoal, confirmando a leitura de uma das revistas de maior circulação nacional feita a respeito do evangelho de “Auto-ajuda” como a tônica dos ministérios de maior expressão na atualidade

Isso tudo fala de “Paradigmas”, de hábitos de pensamento que promovem um modelo de comportamento a ser transformado a partir de uma Renovação de mentalidade. Essa realidade nos desafia a ampliarmos nosso entendimento ao invés de restringirmos e simplesmente redefinirmos conceitos, nos desafia a aumentarmos o ângulo da nossa visão e reencontrarmos valores perdidos que estão sendo procurados em lugares errados, nos desafia a um tempo de reflexão, mesmo que seja sobre aquilo que nos parece absoluto e tradicionalmente incontestável.

Paulo em Romanos 12.2, nos encoraja a buscar por essa “Renovação” no sentido de “Restauração e uma completa mudança para melhor”. Realmente não encontraríamos uma forma melhor de expressar o que estamos propondo. Romper com “Paradigmas” ou “Modelos” nada mais é do que buscar uma mudança completa e contínua para melhor, e que não seja mais vez algo para o “Nosso Melhor”, mas que procuremos romper com essa mentalidade egoísta e profana, para vivermos algo que nos transforme em pessoas melhores e agradáveis a Deus.

Portanto, estejamos abertos para “Renovar”, para ampliar nossa visão a respeito das escrituras, vamos recomeçar, corrigir as nossas motivações, restaurar nosso entendimento, reiterar nosso zelo pela integridade da palavra e dar novas forças a nossa busca pela verdade através do “Examinar as Escrituras”.

Busquemos as escrituras, motivados pelo desejo de encontrar aquilo que Deus quer que saibamos a seu respeito e não sejamos movidos apenas por aquilo que queremos saber. Pois nem sempre o que eu quero saber é aquilo que preciso saber, assim como, nem sempre o que eu quero fazer é o que Ele espera que façamos. A verdade é que nem sempre encontramos respostas, justamente por estarmos fazendo as perguntas erradas, ocupados com preocupações que nos desviam da responsabilidade para com a verdade de Deus relativa ao tempo presente.

Se entendemos que Deus fala conosco de muitas maneiras, o que Ele pode estar querendo nos dizer nesse momento? Será que tudo o que tem nos falado não aponta para algo que Ele quer que saibamos a seu respeito? O que faremos sobre isso? Compraremos um livro com idéias prontas ou examinaremos as escrituras? Se decidirmos ampliar nossa perspectiva a respeito do "Examinar as Escrituras", veremos que tudo passa a fazer sentido a partir Dele e não de nós mesmos. Veremos que amando a Deus teremos zelo pelas escrituras, e ela iluminará nossa jornada pelo Conhecimento de Deus.

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