Reino e Sacerdotes - parte 1


Pr. Lucinei Pereira | Ministério Lugares Altos

“Aquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nosso pecados, e nos constituiu reino e sacerdotes para Deus e Pai, e Ele glória e o domínio pelos séculos dos séculos, Amém.” - Apocalipse 1:5-6

Introdução

“vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa (...)” - Êxodo 19:6

Sempre foi o propósito de Deus que todo o povo dele fosse sacerdote. Deus queria que eles fossem nação separada. Não haveria assim a necessidade de uma mediação humana, qualquer pessoa poderia oferecer sacrifício e esses seriam agradáveis ao Pai.

Por toda Bíblia vemos esse propósito, no entanto, ele não se cumpriu no Antigo Testamento. Somente os líderes e profetas receberam essa unção, mas não o povo.

O diabo tem roubado de uma maneira sutil a unção sacerdotal dos crentes, por isso, ainda há tanta idolatria de homens, chamados de “referências”, quando Cristo é nossa única referência. (I João 5:20,21)

Quando o povo de Deus entender o que está revelando em I Pedro 2:9, vidas serão libertas, curadas e haverá uma grande proclamação e demonstração do Espírito e de poder. (I Coríntios 2:4)

Através desse estudo, o Espírito Santo descerá sobre você a fim de capacitá-lo a ser uma testemunha fiel de Jesus. (Atos 1:8)

“Vós, porém, sois raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” - 1 Pedro 2:9

1 – Ele nos ama

Talvez você, como muitos, sabe recitar de cor o verso da Bíblia que está em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.”

Mas eu quero que você entenda agora um dos princípios ensinados nesse texto:

Toda ação de Deus é gerada no amor.

A sua própria essência gerou um meio de trazer salvação a todos que estão perecendo através do sacrifício de Jesus, seu filho unigênito, na cruz. No Antigo Testamento, os atos sacrificiais eram sombras do sacrifício suficiente de Cristo, e quero levá-lo ao primeiro sacrifício feito como oferta ao Senhor. Veja como foi gerado numa relação de amor:

“Passando o tempo, Caim apresentou produtos do solo em oferenda a Deus. Abel, por sua vez, também ofereceu as primícias e a gordura de seu rebanho. Ora, Deus agradou-se de Abel e de sua oferta...” Gn.4.3-4

Quanta alegria e emoção estavam presentes no nascimento daquela ovelhinha. Aquela criatura nascia, com a ajuda do cuidadoso pastor Abel. O encontro com a nova vida trazida ao mundo por suas mãos o fez lembrar de como seus pais foram criados pelas mãos de Deus e de como a desobediência os afastou da comunhão com o Criador. O coração de Abel buscava um modo de agradar a Deus e, como em qualquer relacionamento, oferecer algo a Ele. Mas como? – Abel deve ter pensado – O que eu poderia oferecer que Deus já não tenha? Um impulso de amor totalmente novo se representa na ovelhinha. Abel olha aquela criatura indefesa, inocente, sem mancha, perfeita! E resolve oferecê-la em seu lugar reconhecendo sua imperfeição e tentando mostrar a Deus que aquela ovelhinha e sua gordura significavam ele mesmo e seu coração se derramando em amor e entrega. Chega o momento do sacrifício. Abel pega o cutelo, e se prepara para golpeá-la e acerta seu coração. Só resta à ovelhinha dar o berro da imolação e um último suspiro.

Você lembra de quando Jesus morreu? Nos últimos momentos de sua morte esse quadro se repete: “Eli, Eli, Lamá Sabactâni?” Mc. 15.34, foi o último lamento, um grito de agonia e depois um suspiro. Tudo isso por você! O que Abel queria dizer era: “Estou fazendo isso, mas eu deveria estar aqui no lugar dessa ovelhinha!” Agora Jesus morre levando na cruz os pecados de todo aquele que nele crê. Nós deveríamos ter morrido por causa dos nossos pecados, mas Jesus morreu em nosso lugar, nos dando a possibilidade de reconciliação com Deus, e isso de graça! Creia em Jesus e receba salvação agora mesmo!

Há algo mais que é importante que você entenda: Abel tinha uma herança. Seus pais foram os responsáveis pela entrada do pecado no mundo. Talvez Caim e Abel tenham sido criados com um certo medo transmitido por seus pais. Um peso de responsabilidade talvez tenha pesado sobre eles: a responsabilidade de agradar a Deus e nunca errar. Tanto que quando a oferta de Caim não é aceita, aparece um sentimento maligno, a inveja, mas Deus dá o aviso: “Se procederes bem, serás forte; e se procederes mal, o pecado jaz à porta, e sobre ti será seu desejo; mas deve dominar sobre ele.” Gn 4.7 Era como se Deus estivesse dizendo: Você não precisa fazer como seus pais, você pode dominar esse sentimento e proceder bem! Mas ele não quis. E você? Há uma palavra profética nessas palavras de Gn 4.7 e elas são: Você não precisa seguir o caminho de pecado que outros seguiram ou têm seguido! Se a sua família vive na miséria, você não tem que viver. Se seus parentes não são felizes, você será feliz em nome de Jesus. E não importa a sua situação, pare a leitura um pouco e ore a Deus, sabendo que toda herança maligna que você recebeu está quebrada em Cristo, diga a Deus que você quer agradá-lo e você começará a viver uma nova história.

Aquele ato de Abel, além de ter sido um ato de amor, foi um ato de fé. Ele corria o risco de ser aceito ou não, assim como a oferta de Caim não foi aceita. A diferença é que uma dizia: “Isto é o que eu posso fazer!”, e a outra: “Isto é o que eu não posso fazer!”.

Temos oferecido a Deus um sacrifício morto - sem o grito de dor – e sujo – as manchas de pecado são visíveis. Nossa vida deve ser um sacrifício vivo e santo para ser agradável a Deus (Romanos 12:2).

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